A Justiça Federal de Minas Gerais condenou o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza a seis anos de prisão e seu ex-sócio na SMP&B Comunicações, Cristiano Paz, a quatro anos, por prestarem informações falsas ao Banco Central. Os réus poderão recorrer em liberdade. De acordo com o processo, para justificar depósitos na conta corrente da empresa entre dezembro de 1998 e abril de 1999, a SMP&B simulou um aumento do seu capital social. Técnicos do Banco Central confrontaram informações da Junta Comercial de Minas Gerais e do Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas em Belo Horizonte com as apresentadas pela empresa para explicar a quitação de empréstimo no valor de R$7 milhões com o Banco Rural, que contou com um desconto de R$3,5 milhões. Para a Polícia Federal, a operação foi forjada para esconder o uso da agência de publicidade para desviar recursos públicos para a campanha de reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas, no esquema que ficou conhecido como o "mensalão mineiro". (O Globo)