A contragosto, a presidente Dilma Rousseff foi obrigada a ceder às pressões do DEM para impor restrições à lista de pessoas que ela mesma deverá escolher para integrar a Comissão da Verdade. De Nova York, exaltada, Dilma mandou o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) assumir a responsabilidade por quaisquer mudanças que a obrigassem, mais tarde, a vetar artigos do projeto que deve reabrir capítulos nebulosos da ditadura. O acordo só ocorreu depois que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), foi assertivo: o impasse poderia levar a votação para 2012. Toda a conversa ocorreu no diminuto banheiro do gabinete da presidência da Câmara. (O Globo)