A presidente Dilma Rousseff pregou, em reunião na ONU sobre Segurança Nuclear, a aposentadoria das armas nucleares no futuro e defendeu que haja fiscalização tanto do uso da energia atômica para fins pacíficos como de arsenais militares. Ela avisou que o Brasil continuará usando esse tipo de energia, ressaltando, com ênfase, que o país tem compromisso com o uso pacífico da energia nuclear e que está construindo uma nova usina, a Angra III. A reunião foi convocada para discutir o uso da energia nuclear após o acidente de Fukushima, no Japão. A posição da presidente foi considerada firme, mais enfática e mais esclarecedora do que a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ocasião da polêmica sobre a inspeção ou não no Irã pelos técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Na época, houve um certo desconforto com posições simpáticas do Brasil ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Em novembro de 2009, Lula esteve com Ahmadinejad e defendeu o direito do país de utilizar energia nuclear para fins pacíficos – sob a desconfiança da comunidade internacional. O recado dela, segundo diplomatas brasileiros, foi para que o Brasil deixasse bem clara sua posição. (O Globo)