A resistência do Palácio do Planalto nas negociações sobre o Orçamento da União de 2012 transformou o Congresso Nacional em uma verdadeira panela de pressão. Principal fonte de preocupação da área econômica do governo, o movimento deflagrado pelo setor jurídico público brasileiro, que engloba desde servidores do judiciário até os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), está conquistando apoios importantes nas principais bancadas do Senado e da Câmara dos Deputados. De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a inclusão do reajuste salarial reivindicado pelo judiciário consumiria R$ 7,7 bilhões do Orçamento do ano que vem. A ministra da pasta, Miriam Belchior, já repetiu diversas vezes que qualquer aumento está fora de cogitação, mas figuras de peso da advocacia pública como Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e Roberto Gurgel, procurador-geral da República, alegam que os pleitos se referem a reajustes não concedidos há anos. (Brasil Econômico)