O Ministério da Fazenda e o Banco Central divergem sobre o destino da Medida Provisória 539, que instituiu o IOF de 1% sobre a variação das posições vendidas em câmbio dos bancos, fundos e empresas. Ela está em vigor desde 27 de julho, mas o recolhimento do tributo foi adiado duas vezes, primeiro para outubro e depois para dezembro. Com a mudança nas condições do mercado de câmbio – em setembro o real acumula uma forte desvalorização – a trava imposta nas operações com derivativos para brecar a excessiva apreciação do real tornou-se inadequada. Ao retirar do mercado futuro os vendedores de dólares, a responsabilidade pelo provimento de liquidez ficou a cargo somente do BC. Por isso, a autoridade monetária retomou as operações de swap cambial e irrigou o mercado futuro com contratos da ordem de US$ 2,7 bilhões. "Tinha uma parte do mercado querendo sair da posição vendida e não havia dólares disponíveis para viabilizar essa retirada", disse uma fonte oficial. (Valor Econômico)