O Brasil vai muito bem e não deve sofrer grandes impactos com a crise internacional. A análise, no entanto, não veio de dentro do governo, mas sim dos economistas e ex-ministros Delfim Neto e Luis Carlos Bresser-Pereira que, apesar do otimismo, estão preocupados com a sustentabilidade do crescimento econômico brasileiro diante de um cenário de redução do nível de atividade, agravado pela desvalorização cambial e a forte concorrência com os importados. No âmbito da indústria, a competitividade dos produtos nacionais é uma forte ameaça ao ciclo virtuoso no qual o país se encontra hoje. "Há um desconhecimento grande em torno da crise, mas sabemos que ela vai se deteriorar muito, o que traz um desafio para o Brasil. O país precisa saber tirar melhor proveito de seu atual papel de liderança e não cometer erros que rompam com o ciclo de crescimento. Não podemos ceder às especulações do mercado", afirma Benjamin Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e vice-presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). (Brasil Econômico)